O novo disco de Beyoncé, que tem como título o nome da cantora, foi pirateado pelo menos 240 mil vezes apenas em seus cinco primeiros dias, de acordo com dados da Musicmetric, empresa que analisa dados da indústria musical.
Se cada uma dessas cópias tivesse sido comprada legalmente, ao preço de US$ 15,99, o valor arrecadado chegaria a US$ 3,8 milhões. No entanto, como a própria Musicmetric destaca, é impossível determinar se todas as pessoas que baixaram o álbum ilegalmente estariam dispostas a comprá-lo caso não o encontrassem de graça.
Lançado no último dia 13, sem qualquer anúncio prévio, “Beyoncé” vendeu 991 mil cópias em seus primeiros dez dias no mercado e está em primeiro lugar na parada Billboard 200 há duas semanas.
Além de surpreender os fãs, o lançamento causou ainda o descontentamento de grandes lojas, que se queixaram da exclusividade de uma semana que a cantora ofereceu ao iTunes. Cópias digitais e físicas só foram liberadas para outros lojistas após esse período.
A primeira a se manifestar foi a Target, quarta maior vendedora de música nos EUA, que detém 5% do mercado, segundo a Billboard. A rede, que no passado já fez parcerias com Beyoncé para o lançamento de uma versão exclusiva do disco “4” com faixas extras e comerciais de TV, anunciou no último dia 16 que não irá vender o novo álbum.
“Na Target temos como foco oferecer aos nossos clientes uma enorme variedade de CDs físicos, e quando um novo disco é disponibilizado digitalmente antes, isso impacta a demanda e projeções de venda. Embora tenhamos apreciado nossa parceria com Beyoncé no passado, estamos primariamente focados em oferecer CDs que estejam disponíveis em formato físico simultaneamente a todos os outros formatos. Neste momento, a Target não irá vender o novo disco de Beyoncé, que leva o nome da cantora”, afirmou a porta-voz da rede, Erica Julkowski, à revista Billboard.
No dia 20, a mesma revista noticiou que a Amazon, dona de 9% do mercado de música nos país, também não dispunha de cópias físicas, que podem ser compradas pelo site através de parceiros, mas não são distribuídas diretamente pela empresa. O site, no entanto, comercializa normalmente a versão digital.
Segundo dados de 2012 apresentados pela Billboard, o iTunes é o maior vendedor de música dos Estados Unidos, com 41% do mercado, seguido pelo Walmart, com 10%, logo antes da Amazon e da Target. (G1)
27 de dez. de 2013
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