Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou a presidenta Dilma Rousseff em reunião com prefeitos do estado e anunciou medidas de apoio às áreas afetadas por enchentes. Nova leva de medicamentos foi enviada na quinta-feira (26) a Governador Valadares e Aimorés
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou a presidenta da República, Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (27), em visita às áreas atingidas por enchentes em Minas Gerais. Após sobrevoarem o município de Governador Valadares, reuniram-se com prefeitos do estado para conhecer as demandas locais e anunciar medidas de apoio às áreas afetadas. Entre elas, a disponibilização aos governadores e prefeitos de recursos por meio do cartão eletrônico da Defesa Civil, que torna o acesso às verbas para gastos essenciais em situação de desastre mais rápido, evitando burocracia.
Também participaram da agenda os ministros da Integração Nacional, Francisco Teixeira, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia.
As fortes chuvas causaram 20 mortes em Minas Gerais, além de terem deixado cerca de dez mil pessoas desabrigadas e desalojadas. Já chegaram ao estado dois kits de medicamentos e insumos enviados pelo Ministério da Saúde para reforçar a assistência à população de Governador Valadares e Aimorés, atendendo à demanda apresentada em videoconferência entre as autoridades locais e o ministro Padilha na quinta-feira (26). Cada um desses kits é composto por 48 itens (30 tipos de medicamentos e 18 insumos para primeiros-socorros) e pode atender 1.500 pessoas por mês.
“Nossa prioridade neste momento é salvar vidas e assegurar abrigo. Não temos como impedir desastres naturais como as chuvas, mas estamos trabalhando firmemente para impedir que uma vida sequer seja perdida. Temos sempre de fazer mais. O governo federal criou, em 2012, e colocou à disposição dos prefeitos e dos governadores, o cartão eletrônico da Defesa Civil, para gastos de enfrentamento de desastres naturais. O cartão evita a burocracia, torna mais rápido e transparente o gasto”, disse a presidenta Dilma Rousseff.
Desde então, por meio do cartão, que só pode ser usado quando é decretado estado de emergência, foram liberados R$ 613 milhões para estados e municípios. Esses recursos podem ser empregados na assistência às vítimas e nas ações de resgate e proteção dos desabrigados. A presidenta Dilma ressaltou ainda investimento de R$ 19 bilhões na prevenção de desastres a partir da realização de obras de drenagem urbana, proteção de encostas e proteção de cheias.
Em relação às ações de saúde, o ministro Alexandre Padilha, destacou que desde o dia 20 de dezembro tem colocado à disposição do governo do estado um conjunto de ações para reforçar a assistência. “Já garantimos a presença de kits com medicamentos para cuidados imediatos às vítimas, como antibióticos e produtos para controle de pressão, insumos para ações de socorro, como esparadrapos, faixas e material de mobilização, soros e 67 mil frascos de hipoclorito, que é usado na purificação da água, deixando-a adequada ao consumo e, assim, evitando problemas de saúde”, destacou o ministro.
O ministro Padilha destacou ainda ações para remoção de pacientes, com a disponibilização de equipes para transporte aéreo, como médicos, enfermeiros e técnicos treinados. Na videoconferência realizada pelo Ministério, as autoridades de Minas Gerais comprometerem-se a mapear as necessidades locais para que ampliar o apoio da Força Nacional do SUS, que atua nessas situações.
Atualmente, o Ministério da Saúde conta com 42 equipes de respostas a desastres – formada por médicos, enfermeiros e auxiliares – em escala por semana epidemiológica para atuar em situações de emergência. A ação da FN-SUS pode ser solicitada tanto pelo gestor local quanto pelo governo federal por meio do Ministério da Integração.
FORÇA NACIONAL DO SUS – Criada em novembro de 2011 para agir no atendimento a vítimas de desastres naturais, calamidades públicas ou situações de risco epidemiológico, a Força Nacional do SUS (FN-SUS) atuou em 19 missões, sendo seis de desastres naturais, quatro relacionados à assistência, oito de apoio à gestão local nas diversas situações e uma de tragédia.
Ainda em 2013, houve a missão exploratória na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, após a enchente, com envio de técnicos da FN-SUS e distribuição de kits desastres contendo insumos estratégicos e medicamentos, descartáveis e hipoclorito de sódio para descontaminação e tratamento da água.
Por Lívia Nascimento, da Agência Saúde – ASCOM/MS
27 de dez. de 2013
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