|
Foto: Roberta Caldo/Divulgação ANS |
O oitavo ciclo do programa de monitoramento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelará nos próximos dias as operadoras de planos de saúde que tiveram problemas com atendimentos e a provável suspensão de várias delas. O rol de empresas ainda não foi revelado e não está descartado que algumas funcionem na Bahia. Segundo a especialista em regulação da ANS, Denise Domingos, o critério para chegar aos resultados é auferido estritamente com as reclamações de usuários. Ela vê com bons olhos o fato de as pessoas terem reclamado mais – passou de 2.981 mil reclamações no primeiro ciclo para 17.417 obtidas no sexto ciclo –, porém, o fator cultural freia um maior poder de fiscalização dos clientes. “Recentemente em uma pesquisa, 70% dos pesquisados responderam que mesmo quando estão se sentindo prejudicados eles não reclamam por uma série de coisas como: ‘vai dar preguiça, não tem tempo, vai dar trabalho, etc”, afirma Denise.
Desde quando começou a operar o programa de monitoramento, em dezembro de 2011, a ANS já suspendeu 89 operadoras e 700 formatos de planos de saúde. A especialista em regulação da ANS também informa que o fato de a prestadora de serviço estar suspensa não quer dizer que ela tenha as suas atividades paralisadas. “O que se suspende é a comercialização. A gente detecta, pelos critérios criados pela ANS, que a operadora não está conseguindo atuar dentro desses parâmetros. Então, se impede que ela [empresa] continue vendendo [planos] para novos beneficiários, mas os beneficiários que lá estão devem receber o atendimento completo e normal. Portanto, não há prejuízo para quem já está lá”, relata. As operadoras suspensas só voltam a vender os planos depois de voltarem a cumprir os parâmetros não respeitados. No país, 12 milhões de pessoas são usuárias de planos particulares, objeto da fiscalização da autarquia criada há 14 anos. (Bahia Notícias)