Amores Roubados chega ao fim com sucesso de público
A minissérie "Amores Roubados", da TV Globo, chegou ao fim nesta sexta-feira (17) com sucesso de audiência e com um desfecho completamente diferente do livro em que se inspirou, "A Emparedada da Rua Nova". A série se encerra com ótima média geral de audiência: 30 pontos - cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo. Com o feito, só perdeu para Amor à Vida.
O capítulo final teve prévia de 25 pontos do Ibope, com 49% de participação do share, segundo a assessoria de imprensa da Rede Globo. Cada ponto equivale a 62 mil residências.
No original do escritor Carneiro Vilela, o pai, muito envergonhado em ver a filha grávida de um mulato em meio a uma sociedade extremamente racista, resolve emparedar a jovem. A história se passa na segunda metade do século XIX. Mesmo com a filha implorando por sua vida e do filho que carrega, o pai não volta atrás.
Na adaptação para TV, o pai, Jaime (Murilo Benício), cai de um penhasco ao descobrir que assassinou o homem que engravidou sua filha. Isabel (Patrícia Pillar) é internada em uma clínica psiquiátrica.
Também no último episódio, mesmo com todo mistério construído, não houve mudanças em relação a Leandro, que foi morto com um tiro na cabeça. O próprio Cauã Raymond, que viveu o galã, dizia não saber qual seria o final de Leandro. O mulherengo teve uma espécie de "renascimento" na forma do filho, que aparece nas cenas finais da trama correndo ao lado da mãe, Antonia (Isis Valverde).
Coube a Fortunato revelar a Antonia que o pai dela mandou matar Leandro, levando ao confronto entre os dois. Ele ainda diz que ela foi a única que o amigo amou e que Jaime também quer matá-lo. João e o capanga de Jaime aparecem atirando em Fortunato, para o desespero de Antonia. Em outras cenas, Isabel também confronta o marido e diz que sabe que ele mandou matar Leandro.
O autor George Moura elogiou toda equipe pelo trabalho feito na minissérie e disse ter ficado orgulhoso do resultado. "Eu acho que a repercussão da minissérie é uma coisa extraordinária, mesmo para a gente que sempre acreditou que essa história interessava as pessoas. Quando vem uma resposta desse tamanho, é surpreendente. E é muito bom quando você consegue fazer uma equação de um programa de televisão que consiga ótimos índices de audiência e com uma qualidade artística forte. Quando essas duas estradas se cruzam, acho que, para quem cria, é um momento de plenitude", afirmou. (Correio)